domingo, 18 de abril de 2010

Parabéns, Rosa Maria

Outra talentosa dubladora comemora mais um ano de vida hoje. Ela é a Rosa Maria Rodrigues Baroli, conhecida no meio artístico com o apelido carinhoso de Rosinha. Rosinha tem uma carreira extensa em dublagem (além da direção), tendo participado ativamente das séries japonesas, época esta da dublagem que mais gosto. Ela é a atual esposa do Diretor, Tradutor e Dublador Gilberto Baroli. É mãe das também talentosas dubladoras Letícia Quinto e Luciana Baroli.


Dona de um timbre de voz doce e delicado, Rosinha encaixa sua interpretação com perfeição nos mais diversos personagens. Sua primeira participação nesse gênero de seriado foi em 1989, em Lion Man, dublando a Shizú, a moça que vivia dentro do império subterrâneo de Mântor do Diabo. Depois apareceu em Jiraiya, fazendo a voz da ninja maligna Manin Luana e algumas pontas. Fez também vários personagens secundários em Jiban. Mais tarde, em 1990, teve inúmeras participações em Goggle V e foi a Sra. Gín Kagâmi no capítulo 14 de Sharivan e a Eiko Kimúra no episódio 47 da mesma série. Nas 3 últimas séries da Everest exibidas pela Manchete foi que ela mais se destacou com personagens fixos em todas elas: Gash em Spielvan, Miho/ Princesa Yan em Maskman e Satie em Black Kamen Rider.



Acredito que a personagem mais lembrada por todos os fãs seja justamente a Satie, pois Black Kamen Rider foi a única das três séries que realmente marcou, numa época onde esse tipo de produção já dava sinais de cansaço na TV, já que todas as principais emissoras do país tinham pelo menos uma série do tipo na grade. Satie era a namorada de um dos personagens mais engenhosos dos seriados nipônicos nos anos 80, o Shadow Moon, que ocultava-se sob a face do meio irmão de Issâmu e irmão legítimo de Kyôko, o Nobuíko. Um antagonista a altura do herói, que vestia uma linda roupa metálica, mas que teve uma aparição apagada em sua forma civil.


Blackman, seu nome “abrasileirado” teve uma continuação no Japão no ano seguinte (1989), mas que só chegou ao Brasil em 1995. Os fãs esperavam rever o clima “dark” do seriado original e uma continuação da história sombria, mas os roteiristas resolveram reformular a série e praticamente não importaram nada da primeira criação. Assim sendo, a personagem de Rosinha não voltou no seriado.


Gash era uma personagem fixa, mas que falava pouco. Fazia Dueto com Shadow, (dublada primeiramente pela Dione Leal e posteriormente Nair Silva) e Lay, na voz de Alessandra Araújo. Já a Princesa Yan apareceu apenas no começo e no fim de Maskman, outra série que passou de forma despercebida pelos fãs, por não ter a mesma “simpatia” das antecessoras Changeman e Flashman.


Na parte de desenhos animados, lembro-me de ouvir a interpretação dela no desenho O Fantástico Mundo de Bobby, onde ela fazia a irmã do garoto, a Kelly. Uma curiosidade um tanto inusitada, é que durante anos, a sua voz foi usada como gravação padrão para quem ligava para a extinta TELESP, a empresa de telefonia do estado de São Paulo. A Empresa já não existe desde 1998, sendo comandada atualmente pela Telefônica, mas eu me lembro de ter ligado para solicitar algum tipo de serviço na época e ter ouvido a voz da Rosinha. Quando comprei meu primeiro computador (2001) e comecei a buscar informações sobre dublagem na internet, deparei-me com essa informação e automaticamente remeti a voz da gravação à voz da atriz.


Ouça a voz da Rosinha clicando aqui.


Fica aqui registrado uma singela homenagem à Rosa Maria, e que ele continue nos presenteando com dublagens de qualidade, ao lado de sua talentosa família. Parabéns!!


Observação: a postagem foi concretizada no domingo (18/04/10), que é a data da comemoração, mas por algum motivo que desconheço, o Blogger não estava permitindo a visualização.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Changeman Box 2 - Review

Continuando, conforme prometido nesta postagem, segue o Review sobre o segundo Box de Changeman.

Assim como na primeira caixa, a imagem contém uma tonalidade parecida, mas é superior em nitidez. Desta vez não tivemos nenhum capítulo do Toei Channel, embora outros fatores agravantes apareceram.





Focus/ Japan2000


- Áudio nos Previews – tiveram um pouco mais de cuidado e inseriram novos trechos inéditos até então. São eles:


42 – A Garota de Uniforme Escolar;

44 – Mai em Ação;

45 – Ayra, a Menina do Arco Íris;

46 – A Transformação de Shima;

48 – A Paixão de Buba;

49 – A Aflição de Shima;

50 – O Abalo de Gozma;

52 – A Morte de Buba;

53 – A Vingança de Ahames;

55 – Adeus, Heróis do Universo.


Ouça os trechos inéditos clicando aqui.


O Preview do Capítulo 37 – O Desaparecimento de Dragon é o mesmo "Frankstein" criado pelo Scheider, assim como na versão não oficial. Nos demais, as narrações que já existiam na versão caseira se repetiram, da mesma forma que os que não possuíam dublagem continuaram sem.


- Edição no título dos episódios – em quase todos os capítulos inibiram a fala “Versão Brasileira – Álamo”, trocando o bordão por um trecho aleatório de algum som de fundo (BGM) do capítulo. Nota ZERO para a edição, que ficou horrível e totalmente desagradável, além de desnecessária. Em Jaspion todos os áudios foram apresentados na íntegra, porque não fizeram o mesmo em Changeman? Apenas os capítulos 29 – A Lenda da Borboleta Dourada e 50 – O Abalo de Gozma não sofreram alterações. Ainda se tivessem pego a BGM original de Tatsumi Yano, disponível para download em qualquer site/ fórum sobre assunto... mas infelizmente não fizeram desta forma.


Clique aqui e ouça a BGM na íntegra do título dos capítulos de Changeman.


- Áudio lento em alguns capítulos – sinceramente, com esse descuido arruinaram de vez o Box. Os capítulos 47 ~ 53 estão com o áudio extremamente lento, como se fosse reproduzido num gravador cassete com a pilha fraca. As vozes dos personagens estão graves e horríveis. Uma pena, já que nesse caso deveria entrar um trabalho minucioso de edição, preferiram perder tempo retirando bordões consagrados da dublagem. Resultado: 7 capítulos com som aquém dos demais.


Clique aqui e confira um trecho do capítulo 53 com problemas.


Clique aqui e confira um trecho do capítulo 53 sem problemas, editado por mim.


No geral a qualidade dos áudios supera os genéricos, se não fossem as edições descartáveis e o problema com o áudio lento. Não há cortes, e apenas os capítulos 42 – A Garota do Uniforme Escolar, 44 – Mai em Ação e 48 – A Paixão de Buba apresentam pequenos detalhes como partes mais baixas de som e leves abafados.


Do ponto positivo, podemos destacar a arte de Yutaka Izubuchi, disponibilizados pelo Ricardo Cruz de seu acervo pessoal. Vejam algumas ilustrações:


Um detalhe interessante observado pelo colega Junior, que fez um comentário na primeira parte do Review, foi sobre a abertura de cada capítulo, onde precisamente nos capítulos 09 – A Bola Dragão Salva a Humanidade e 10 – O Toque dos Bonecos, tanto na versão em VHS da Everest quanto nos DVD’s do Japan2000, não consta nos créditos a presença do Jun Fujimaki (Sgto. Ibúki). Apenas aparece sua imagem após a apresentação da Mai, mas sem os Kanjis. Curiosamente no da Focus ele foi creditado. Comparando, achei mais uma trapalhada. Para os 28 capítulos do primeiro box, foram usadas apenas 4 aberturas, o famoso “Ctrl + C” e “Ctrl + V”, provavelmente para economizar tempo na hora da edição. Ficou assim:


Os créditos de abertura do 1º capítulo foram usados para todos os capítulos do Disco 1 (Episódios 1 ~ 6);

Os créditos de abertura do capítulo 07 foram usados apenas neste episódio;

Os créditos do capítulo 08 foram usados para o restante dos capítulos do Disco 2 e parte do Disco 3 (Episódios 8 ~ 16);

Os créditos do capítulo 17 foram usados intercaladamente com os créditos do capítulo 08 entre os capítulos 18 ~ 27;

Os créditos do capítulo 28 foram usados apenas neste episódio.


Dificilmente algum fã brasileiro sabe tão bem o japonês a ponto de perceber a diferença, mas fica registrado mais um descuido por parte da produção da coleção. Vale ressaltar que as aberturas do Box 2 estão corretas.


E esse foi o tão aguardado lançamento dos DVD’s de Changeman, o Esquadrão Nipônico de maior sucesso exibido no Brasil. Sem dúvidas um lançamento cheio de expectativas que acabou provocando a ira dos fãs do seriado. Os motivos foram os mais diversos possíveis, e já foram pauta em sites, blogs, programas, revistas e toda e qualquer tipo de mídia. Dispensa maiores comentários.


Fica aqui registrado minha opinião, com dor no coração quando olho para a linda e exuberante Lata contendo os Boxes na minha estante, imaginando a qualidade do que tem dentro.